HISTÓRICO
Paulo Cesar da Silva Barros, o Soneca, é integrante do tráfico de drogas, que age na Favela da Rocinha, Zona Sul do Rio de Janeiro e faz parte da facção criminosa ADA - Amigos dos Amigos.
Pacificada em setembro de 2012, o referido processo de pacificação na comunidade começou em novembro de 2010, quando forças policiais ocuparam a favela e prenderam Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico no local.
Depois da instalação da UPP, de acordo com as investigações, a Rocinha, que sempre foi um celeiro de distribuição de drogas na Zona Sul da cidade, passou a ser um local de varejo, que captava drogas de outras favelas não pacificadas da Região Metropolitana para revender para consumidores. A ausência de paiol, refinarias e depósitos indica uma mudança no tráfico, que está descentralizado. As bocas [de fumo] não são mais fixas e agora tem pouca quantidade de drogas, para evitar grandes apreensões. Eles saíram da venda em atacado para o varejo. Na Favela da Rocinha o grupo criminoso atua naquela região, se estruturou por meio de uma cadeia hierárquica e de divisões de trabalho, com cargos como gerentes, soldados (defendem as bocas de fumo) e os chamados vapores (pessoas que vendem a droga).
Na nova lógica de distribuição, a Rocinha se abastece de drogas oriundas de comunidades como a Pedreira, em Costa Barros, Subúrbio do Rio, e de outros locais ainda sem a presença de Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). A organização funcionaria com três "células" formadas por integrantes quase autônomos. Uma delas estaria ligada ao comércio de drogas em domicílio e as outras duas fariam a ponte entre o tráfico da Rocinha e as atividades ilícitas na Cruzada São Sebastião, conjunto habitacional popular no Leblon, Zona Sul do Rio, que atualmente, é uma espécie de estica (venda no asfalto) da matriz.