Disque Denúncia


Linha-Verde no combate a comercialização e utilização da Linha Chilena


Conhecida como a “Linha da Morte”, ela está cada vez mais presente em período de férias escolares.

28/01/2016
Linha-Verde no combate a comercialização e utilização da Linha Chilena

Durante o período de férias escolares, as pipas ganham as ruas da nossa cidade, mais precisamente o céu, fazendo a alegria das crianças, adolescentes e adultos.
Mas a cada ano, o que poderia ser visto como divertimento tem se transformado em tragédia devido à utilização da linha chilena que, mesmo proibida por lei, continua sendo vendida sem qualquer fiscalização eficaz nas vias de acesso ao trânsito, aumentando neste período do ano a incidência de acidentes envolvendo, na maioria dos casos, crianças e motociclistas. 

Feita a partir de quartzo moído e óxido de alumínio, a linha chilena tem o poder de corte quatro vezes maior do que o cerol (também proibido por lei) devido à presença do aço. Vendida em carretéis de 500 metros, sem nenhum aviso sobre os riscos, por valores a partir de R$30,00 e nas cores azul, rosa e vermelho, a linha chilena tem a sua forte comercialização na internet onde sua venda é livre e pode ser feita em até 12 vezes no cartão de crédito. Escondidos no anonimato da internet, os compradores entram em contato com os fabricantes deste produto que é feito, normalmente, em fábricas clandestinas. 



Uma Lei, de autoria da vereadora Vera Lins, foi sancionada pelo prefeito Eduardo Paes em maio de 2012 e determina multa de R$2.000,00, sendo o valor acrescido em 50 vezes em caso de reincidência, até a perda da licença do estabelecimento, para quem vender o produto. Em caso de comercialização em feiras livres ou camelódromos, o proprietário poderá ter a sua permissão de funcionamento cassada.
Ainda segundo a lei, o responsável, em caso de lesão corporal ou morte, ainda responderá criminalmente.

O Linha Verde, projeto exclusivo do Disque-Denúncia para crimes ambientais, acreditando na força da lei e sempre buscando fazer com que ela seja cumprida, disponibiliza a sua central de atendimento - através dos telefones: 2253-1177 (capital) ou 0300.253-1177 (interior; custo de ligação local) -, para recebimento de denúncias sobre a fabricação, comercialização e utilização da linha chilena e do cerol. 
No ano de 2015, dentre as 7535 denúncias sobre crimes ambientais (aumento de 25% em relação a 2014), 170 foram sobre a fabricação, comercialização e a utilização da linha Chilena e do cerol. 
Através delas foi possível prender o responsável por guardar e comercializar linhas chilenas numa residência no bairro de Rocha Miranda (quantidade de carretéis não divulgados); fechar uma fábrica clandestina no bairro de Irajá, onde foram apreendidos 30 carretéis da linha chilena, uma máquina para fabricação da mesma e um galão contendo óxido de alumínio; e fechar um depósito, situado no município de São Gonçalo, onde os policiais encontraram 37 carretéis da linha chilena, além de resgatarem 3 pássaros silvestres (2 trinca ferros e 1 coleiro).

A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) repreende a produção e o armazenamento da linha chilena baseado no artigo 56 da lei de crimes ambientais. O texto é sobre “substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana” e a pena é de um a quatro anos de prisão mais multa.

Qualquer crime ambiental no Estado do Rio de Janeiro pode ser denunciado ao Linha Verde através dos telefones 2253 1177(capital) ou 0300 253 1177 (interior, custo de ligação local). 
O anonimato é garantido ao denunciante.
LINHA VERDE, o Disque-Denúncia do Meio Ambiente!

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