01/08/2017

Gerenciado pelo Instituto MovRio, o Disque Denúncia já recebeu mais de 2 milhões e trezentas mil denúncias.

Disque Denúncia do RJ completa 22 Anos auxiliando a polícia e a sociedade

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Completando 22 anos de existência neste 1º de Agosto, o Disque-Denúncia do Rio de Janeiro, gerenciado pelo Instituto MOVRIO, já recebeu mais de 2 milhões e trezentas mil denúncias sobre diversos tipos de crimes. 



Desde a criação do serviço, no ano de 1995, mais de 21 mil pessoas foram autuadas em delegacias, mais de 10 mil armas (dentre fuzis, metralhadoras, revólveres, granada) e cerca de 60 mil munições foram retiradas das ruas. Atualmente o Disque-Denúncia possui alguns programas importantes como o “Linha Verde”, que recebe denúncias sobre crimes ambientais através dos telefones 2253 1177 ou 0300 253 1177; o “Núcleo de Violência Doméstica”, onde é possível denunciar abusos contra crianças, contra as mulheres e idosos (direitos humanos); o programa “Procurados”, que divulga os principais criminosos foragidos do Estado do RJ; além do programa “Desaparecidos”, que é parte das ações do Disque-Denúncia na área de direitos humanos, a fim de auxiliar na identificação e localização de pessoas desaparecidas.



Por conta da grave crise econômica que vem assolando o Estado, o Disque Denúncia correu o risco de extinguir suas atividades. No ano passado, o Governo do Estado, que custeava 60% do orçamento do Disque Denúncia deixou de repassar esses valores, que estão na casa dos R$ 2 milhões. Com a falta de verba, demissões foram feitas. Dos 64 operadores telefônicos que recebiam as ligações, somente 21 continuam a atender, e o trabalho dos telefonistas que era de 24h ficou restringido entre 7h e 23h, de segunda a sábado. No domingo, não funciona mais. Uma saída encontrada foi a criação de um aplicativo de celular onde através dele, a população pode anexar fotos e vídeos, mantendo a garantia do anonimato. Neste primeiro ano de funcionamento, o APP já registrou mais de 5 mil denúncias (release separado)



Atualmente o Disque Denúncia é financiado 100% por empresas privadas e mesmo com a crise, nesse último ano e meio, continua auxiliando a polícia do Rio na prisão dos bandidos mais perigosos do Estado, além de ajudar na apreensão de: mais de 1300 máquinas caça níqueis, R$ 23 mil em espécie, 23 mil cápsulas de cocaína, 4 mil gramas de cocaína, 5 mil papelotes de cocaína, 5030 quilos de maconha, 1200 tabletes de maconha, 8 mil trouxinhas de maconha, 2540 pedras de crack, além da recuperação de mais de 200 veículos roubados e mais de 80 tipos de cargas (que eram transportadas em caminhões), 646 presos e autuações e mais de 60 armas, entre fuzis e pistolas. Isso sem contar com apreensões na área do Meio Ambiente, onde somente neste período já foram apreendidos mais de 140 balões, mais de 3 mil animais silvestres resgatados de cativeiro, além da localização de mais de 800 mil metros quadrados de áreas degradadas.



Para mostrar como o serviço é de suma importância, vale lembrar que foi uma denúncia que levou à prisão do traficante Elias Maluco, mandante do assassinato do jornalista Tim Lopes.

O Disque-Denúncia também ajudou a encontrar esconderijos de armas e drogas durante a ocupação do Complexo do Alemão.

Com o atendimento reduzido, informações valiosas estão sendo perdidas.



De acordo com Zeca Borges, coordenador do Disque Denúncia, “uma ligação não atendida pode ser a perda da chance de salvar uma vida. Nós criamos uma confiabilidade e uma credibilidade junto ao cidadão que não pode ser desperdiçada”, afirma Zeca.



Vale reforçar ainda que o Disque Denúncia do RJ foi o pioneiro no Brasil serviu como exemplo para a implantação de outras centrais no Brasil e no mundo e além disso, ele  não se limita a receber denúncias só do Rio de Janeiro, tanto que, em 22 anos, já foram cadastradas mais de 6.600 denúncias de fora do RJ. Entre os principais Estados estão: São Paulo (1811), Minas Gerais (1705) e Espírito Santo (604).



 



A ORIGEM DO DISQUE-DENÚNCIA



No início dos anos 90, o Rio de Janeiro vivia uma crise na segurança pública. Os índices de seqüestro eram os mais elevados do país, impactando nossa economia com a transferência de empresas para outros estados.



Lideranças empresariais e comunitárias se reuniram para enfrentar o problema e para ajudar a combater este tipo de crime, o Disque-Denúncia foi criado como uma central comunitária de atendimento telefônico destinada a receber informações anônimas da população, baseada na experiência internacional do Crime Stoppers.



 O Disque-Denúncia cumpriu seu objetivo e contribuiu para o fim definitivo dos seqüestros no Rio de Janeiro e significativa redução da violência nessa modalidade de crime. Porém, ao longo do período, a população começou a utilizar o canal como ferramenta de denúncias de outras modalidades criminais e, dessa forma, o canal foi ampliando cada vez mais suas atividades e seus serviços à população, construindo sua credibilidade em cima da garantia do Anonimato e da eficaz intermediação entre as denúncias feitas pela população e a cobrança e comunicação de resultados, através de estreita parceria com a Imprensa.






 





O Disque-Denúncia solicita a população de todo o Estado que continue denunciando qualquer tipo de atividade criminosa através de seu APP de denúncias, onde é possível anexar fotos e vídeos, disponível nas lojas virtuais Google Play e Apple Store ou através dos telefones 2253 1177 (capital) e 0300 253 1177 (interior) no custo de uma ligação local