A ocorrência foi registrada na 153ª DP
Nesta terça-feira (19), policiais militares lotados na Unidade de Policiamento Ambiental (UPAm) do Parque Estadual do Desengano flagraram o aterramento de um terreno de aproximadamente mil metros quadrados e extração de substância mineral no interior de uma Área de Preservação Permanente no município de Cantagalo. Segundo os agentes da 3ª UPAm, uma informação feita ao Linha Verde (0300 253 1177) possibilitou a ida dos agentes até o local onde eram cometidos os crimes ambientais.
A equipe se dirigiu até a Fazenda Gavião, localizada na RJ 16, onde identificaram que o aterramento vinha ocorrendo a 30 metros de um curso d´água. No momento da fiscalização dois caminhões estavam na localidade, sendo que um deles descarregava material enquanto o outro vinha sendo carregado. Um homem que trabalhava no local foi questionado pelos policiais sobre as informações do Linha Verde e licenças específicas para a atividade e informou ter sido contratado para aterrar uma área da fazenda, inclusive apresentando um documento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura de Cantagalo. De acordo com os agentes, o documento só previa um nada opor sobre a instalação de um depósito de terra e então procederam ao terreno localizado na Rua Diavolasse de Oliveira Reis de onde a terra vinha sendo extraída.
O terreno, de aproximadamente 370 metros quadrados, faz parte de uma área de preservação permanente, há 30 metros de um curso de água e em que foi realizada escavação com uso de máquinas retroescavadeira. Em contato com o responsável por esse terreno, os policiais da 3ª UPAm checaram uma documentação na qual havia apenas um nada opor a escavação do lote. Diante dos fatos e com base nos artigos 55 e 60 da lei de crimes ambientais em conjunto com o artigo 4º da lei 126541/12, os agentes procederam à 153ª DP, onde a ocorrência foi registrada.
Vale reforçar que crimes ambientais podem ser denunciados ao Linha Verde através do telefone 0300 253 1177 (custo de ligação local) ou ainda pelo aplicativo para celulares “Disque Denúncia RJ” onde é possível enviar fotos e vídeos. Em todos os canais, o anonimato é garantido ao denunciante.