Disque Denúncia


Disque-Denúncia já recebeu 41 denúncias sobre os suspeitos de participar de estupro coletivo


Núcleo de Violência Doméstica do Disque-Denúncia recebe, diariamente, denúncias de abuso e violência sexual contra crianças e adolescentes.

30/05/2016
Disque-Denúncia já recebeu 41 denúncias sobre os suspeitos de participar de estupro coletivo

Desde a última quarta-feira ( 25 ) o Disque Denúncia já recebeu 41 denúncias (até às 17h30 do dia 2/6) informando a localização dos envolvidos de participar do caso de estupro coletivo, na Praça Seca. A delegada Cristiana Miguel Bento, da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) está em contato direto com o Disque Denúncia desde o início do caso e todas as denúncias que chegam à Central são repassadas de imediato à própria delegacia.




Foto: Gabriel de Paiva/ Ag. O Globo / Ag. O Globo

 

Segundo dados do Núcleo de Violência Doméstica (NVD) do Disque-Denúncia, apenas no ano de 2014, foram cadastradas através dos telefones 2253 1177 ou 0300 253 1177 (interior do Estado do RJ, custo de ligação local), 810 denúncias sobre abuso sexual e 801 denúncias sobre exploração sexual. No ano passado, foi verificada uma diminuição de 30% em relação às denúncias sobre esses assuntos, 558 sobre abuso sexual e 574 sobre exploração sexual. Embora o percentual de denúncias tenha sofrido uma redução, o número de casos de exploração sexual infantil em relação ao de abuso teve aumento de quase 3%. Analisando territorialmente essas denúncias, foi possível constatar que a Zona Oeste foi o local de maior incidência desses crimes.

Dados como esses, divulgados pelo Disque-Denúncia, evidenciam como é importante combater essa dura realidade no que tange as nossas crianças e adolescentes. Vale frisar que de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, nenhuma criança ou adolescente poderá ser objeto de discriminação, exploração, violência, crueldade ou qualquer forma de negligência. Fechando os quatro primeiros meses de 2016, o Núcleo de Violência Doméstica informou que 77 denúncias sobre abuso chegaram à Central, enquanto que 97 denúncias sobre exploração sexual foram cadastradas. Repetindo o ano de 2015, a Zona Oeste da cidade foi onde houve o maior registro de denúncias (Campo Grande, Realengo, Padre Miguel, Santa Cruz, Bangu, Jacarepaguá).
 

Mas qual a diferença entre esses dois temas?

A violência sexual pode ocorrer de duas formas distintas.
Abuso sexual é qualquer forma de contato e interação sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente, em que o adulto, que possui uma posição de autoridade ou poder, utiliza-se dessa condição para sua própria estimulação sexual, da criança ou adolescente, ou ainda de terceiros, podendo ocorrer com ou sem contato físico.

Já a exploração se caracteriza pela utilização sexual de crianças e adolescentes com a intenção de lucro, seja financeiro ou de qualquer outra espécie. São quatro formas em que ocorre a exploração sexual: em redes de prostituição, pornografia, redes de tráfico e turismo sexual. 



 

Como denunciar?

Para auxiliar os órgãos responsáveis pela proteção e fiscalização, o Disque-Denúncia recebe de forma anônima as denúncias sobre violência contra crianças e adolescentes através dos telefones 2253 1177 (capital) ou 0300 253 1177 (interior, custo de ligação local). As informações são monitoradas e tem um encaminhamento diferenciado às autoridades. O serviço funciona de segunda à sábado, das 7h às 23h30. Nesse caso específico do estupro coletivo, as denúncias recebidas pelo Disque Denúncia estão sendo difundidas para a delegada Cristiana Miguel Bento, titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV).